Um “forte aumento nas exportações de bens e serviços” estaria na origem do avanço registado no crescimento da economia portuguesa, segundo os dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística.
No concreto, o PIB luso aumentou no terceiro trimestre um 0,8 por cento, o maior pulo nos últimos três anos. A aceleração da economia demonstra-se pelo facto de o incremento no segundo trimestre ter sido de apenas o 0,3 por cento.
As exportações estão a ter um bom comportamento, não assim a procura interna, ligada ao poder de compra das maiorias sociais. Esse vector tão importante para impulsionar a economia continua à baixa ao registar um “contributo negativo”, segundo a expressão do INE.
O aumento do PIB português está por cima da média da zona euro (0,3 por cento) e é idéntico ao registado na Galiza no mesmo período (o Estado espanhol aumentou a sua renda uma décima menos, o 0,7).
Aliás, o Governo continua a acreditar que a economia aumentará na totalidade do ano um 1,2 por cento, seis décimas mais das suas projeções iniciais, mudadas só há un mês. Piores são as expectativas da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional que predizem incrementos do PIB da ordem do 0,9 e o 1 por cento, respectivamente.
