A ANP QUER QUE ISRAEL SEJA JULGADA POR CRIMES DE GUERRA

Os EUA poderiam cortar em 400M$ sua ajuda a Palestina por Abbas ter ido ao TPI da Haia

A Autoridade Palestiniana abriu finalmente a via para os crimes de guerra israelitas serem julgados e punidos pelo Tribunal Penal Internacional da Haia. Segundo The New York Times, o Congresso dos EUA poderia "castigar" o governo palestiniano por esta decisão.

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O passo dado por Abbas -longamente demandado por amplos sectores do povo palestiniano- bate com a oposição da Administração Obama, que nas questões políticas relativas ao Meio Oriente continua a ser um fiel aliado do regime sionista de Israel.

Fontes informaram o New York Times que o Congresso está a pensar em cortar em 400 milhões de dólares a ajuda que recebe a Autoridade Nacional Palestiniana (em 2014 a estimação é que os subsídios do governo Obama à Administração Abbas chegam até os 440 milhões de dólares).

Os norte-americanos alegam que o movimento da Autoridade Nacional Palestiniana supõe um passo unilateral e uma violação dos acordos de Oslo assinados no seu dia com Israel e em função dos quais nenhuma parte do conflito recorreria em solitário a nenhum organismo de carácter internacional.

Quer Israel quer os Estados Unidos nunca aderiram ao TPI para evitar que os seus militares possam cair sob a alçada da justiça internacional.

Abbas tomou a decisão de apresentar a solicitude de adesão ao Tribunal Penal Internacional -ao que não pertencem nem os EUA nem Israel- após o Conselho de Segurança da ONU não ter tomado em consideração uma proposta de resolução para garantir que no prazo de três anos Israel abandonaria os territórios ocupados.

Segundo publicou Esquerda.Net, Abbas explicou nestes termos o passo dado pela Autoridade Nacional Palestiniana: "Queremos queixar-nos. Há uma agressão contra nós, contra o nosso território. O Conselho de Segurança desiludiu-nos”, afirmou Abbas, citado pela Associated Press. A ameaça palestiniana pode vir a tornar-se realidade ao fim de décadas de negociações falhadas e de autênticos massacres militares por parte das tropas de ocupação israelitas.

Com a adesão ao TPI, a Palestina tentará contestar nesta instituição a construção dos colonatos no seu território, para além de tentar julgar os crimes de guerra cometidos contra a sua população nos últimos anos, nomeadamente os ataques militares que deixaram milhares de mortos. Quer Israel quer os Estados Unidos nunca aderiram ao TPI para evitar que os seus militares possam cair sob a alçada da justiça internacional.

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