As eleições gerais portuguesas serão o 6 de outubro

A data anunciou-a hoje o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Tudo indica que o Partido Socialista caminha para reforçar a sua maioria perante uma direita que desta volta não concorrerá em coligação.

Assembleia da República
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Já há calendário eleitoral em Portugal: as vindouras legislativas serão o 6 de outubro, de acordo com a comunicação feita hoje pela presidência da República.

Em Portugal o estabelecimento da data eleitoral, ouvidas as formações políticas, é competência da chefia de estado.

Em princípio, parte como claro favorito nesta nova cita eleitoral o Partido Socialista de António Costa, a quem os inquéritos prognosticam um avanço que o poderia vir a situar perto da maioria absoluta. Já nas eleições autárquicas de 2017, o PS obteve o melhor resultado da sua história, com 38 por cento dos votos.

Nas legislativas anteriores, realizadas a 4 de outubro de 2015, a força mais votada foi a coaligação da direita Portugal à Frente, liderada pelo na altura primeiro ministro, Passos Coelho. Conseguiu 38,50 por cento dos votos e 107 escanos, a 9 da maioria absoluta. O PS foi segundo, com 32,31 por cento e 86 assentos. A decisão da direção socialista de abrir conversas com as formações à sua esquerda —o Bloco e o PCP—surpreendeu boa parte dos analistas políticos do país e também boa parte do resto dos partido social-democratas europeus. As negociações conduziram para a constituição dum governo unicolor do PS com os apoios na Assembleia da República de bloquistas e comunistas.

A dúvida está agora em saber que grão de resistência eleitoral podem opor Bloco e PCP ao previsível crescimento do PS. Quanto às opções da direita, existe consenso em considerar que não têm qualquer hipótese de alcançar o governo. A diferença do que veio acontecer em 2015, desta volta o eleitorado luso terá duas forças conservadoras em quem votar: o PDS de Rui Rio e o CDS de Assunção Cristas.

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