Dois terços do Senado poderiam selar esta quarta feira a destituição definitiva de Dilma Rousseff

O Senado brasileiro tem nas suas mãos o futuro político da ainda presidenta do Brasil, afastada do seu cargo no momento em que o Parlamento brasileiro aprovou a abertura do julgamento -o impeachment- que se segue contra dela.

Dilma
photo_camera Dilma Rousseff. Foto: CartaMaior.Com.Br

O julgamento à presidenta do Brasil, produzido após o PT perder os apoios parlamentares que tinha de grupos da direita brasileira, é pela pretensa violação da lei de responsabilidade orçamental ao mascarar a verdadeira dimensão do défice público.

O PT acha que na verdade o que está a acontecer no país é um golpe de estado contra a política que ganhou as eleições presidenciais em 2014 com 54 milhões de votos.

O julgamento a cargo do Tribunal Supremo está pronto a se fechar e a decisão final, de acordo com as leis brasileiras, têm-na as e os senadores. Bastará com que dois terços deles votem contra DIlma para esta vir a ser definitivamente afastada do cargo.

Na sua intervenção de defensa esta segunda feira perante o Senado, Dilma Rousseff disse: “Lembrem-se do terrível precedente que a decisão [favorável ao impeachment] pode abrir para outros presidentes, governadores e prefeitos. Condenar sem provas substantivas. Condenar um inocente”. 

55 a favor, 26 em contra

A relação de forças no Senado é claramente contrária a Rousseff. No seu momento, esta Câmara votou o afastamento temporário com 55 votos a favor, 22 em contra e 4 abstenções. As previsões indicam que esta quarta feira a votação será 55-26, sem abstenções, contra Rousseff. Basta com que 54 senadoras e senadores -exatamente os dois terços- apoiem a destituição definitiva para esta se verificar de vez

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