PORTUGAL

Costa tem mais um problema para ser primeiro ministro: o seu próprio grupo parlamentar

O secretário geral do PS, António Costa, garantiu esta terça feira ao presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que dispõe dum “apoio maioritário” no Parlamento para vir a ser primeiro ministro.

António Costa e Cavaco Silva
photo_camera Costa, à direita, na sua reunião com Cavaco

Neste momento, Costa tem, com certeza, o respaldo do Bloco de Esquerda -19 assentos em São Bento- e da CDU -17 parlamentares, sem os quais qualquer solução alternativo ao domínio da direita não seria viável.

Mas o líder socialista tem um problema adicional se quer obter a aprovação da câmara: no seu próprio grupo parlamentar existe um bloco -por volta de 15 parlamentares- fiel ao anterior secretário geral, António José Seguro, destronado precisamente pelo actual líder do PS. Sem o apoio desses assentos o seu assalto ao poder político seria inviável.

Os seguristas ainda não se pronunciaram a respeito de se julgam positivo o cenário de acordo com o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português. O jornal Público acha que Costa terá de negociar o seu apoio em troca de “espaços” institucionais, quer na presidência da Assembleia da República quer no governo que se vier a formar.

Os líderes políticos já passaram pelo palácio de Belém para se entrevistar com Cavaco Silva. O secretário geral do PCP, Jerónimo de Sousa, pediu-lhe que não perda o tempo a indigitar como candidato a Passos Coelho porque o máximo dirigente de Portugal à Frente não tem qualquer hipótese de obter a aprovação da Câmara.

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