CDS apresenta uma moção de censura a Costa pela gestão dos incêndios

Sérias consequências políticas da crise dos incêndios em Portugal. Em Junho deste ano arderam nos fogos de Pedrogão 50.000 hectares e morreram 64 pessoas. As lapas dos últimos dias resultaram em outras 38 vítimas mortais. CDS -uma das formações em que está dividida a direita lusa- considera culpável o governo do PP e por isso anunciaram hoje a apresentação duma moção de censura.

Assembleia da República
photo_camera Pleno da Assembleia da República

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, justificou a moção nas falências observadas no dispositivo de luta contra os incêndios: “Os portugueses não podem ter um governo que, numa situação de catástrofe, não compreende a sua função e não responde à altura das exigências", disse.

CDS denuncia o que qualificam como "inacção total do governo" e ainda a sua "total incapacidade de assumir responsabilidades", bem como a falta de empatia de António Costa que o terá levado a nem sequer ter feito "um único pedido de desculpas”.

Esta é a 26 moção de censura na história da República desde o 25 de Abril. Só prosperou uma, a apresentada há 30 anos pelo PRD ao governo de Cavaco Silva.

No sistema parlamentar português, a moção não é construtiva, isto é, não envolve a apresentação dum ou duma candidata alternativa. Se prosperar, implica a demissão do governo e, consecuentemente, a convocação das eleições. Não parece que este seja o caso.

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