Fim da história. O conservador Cavaco Silva decidiu não vetar a formação dum governo de esquerda em Portugal. Esta terça feira, voltou a se reunir no Palácio de Belém com António Costa, a quem esta segunda feira pusera seis condições para lhe permitir o acesso ao executivo. Cavaco argumentou, numa nota oficial, que os agentes sociais com os que manteve entrevistas nos últimos dias expressaram o critério de não ser congruente com o "interesse nacional" a manutenção dum governo em funções e sem o apoio da Assembleia da República.
Na nota, o presidente da República evita avaliar a resposta dada por Costa ás condições que lhe formulou a segunda feira. Limita-se a dizer simplesmente que "tomou devida nota" da contestação oferecida pelo secretário geral do PS.
As condições apelavam à necessidade de Portugal manter os seus compromissos com a UE e a NATO. Este assunto não fez parte realmente das conversas havidas entre o PS, o Bloco, o PCP e Os Verdes, diálogo que resultou na assinatura de acordos parciais (entre os distintos partidos com o partido socialista) e não dum único texto firmado por todos.