Cai o governo de Passos Coelho

A maioria absoluta da Assembleia da República votou contra o programa de governo da direita e apoiou a moção de rejeição do PS.

Passos Coelho
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Apenas só 12 dias depois de ser indigitado primeiro ministro pelo presidente da República, Pedro Passos Coelho, foi derrotado na Câmara legislativa. O seu programa de governo, feito para se manter no poder quatro anos mais, foi chumbado pela maioria parlamentar que fazem parlamentares do PS, Bloco de Esquerdas e CDU (coligação do PCP e Os Verdes). 

Destarte, as três forças da esquerda apoiaram a moção de rejeição apresentada pelo PS. Ao ter sido esta aprovada, não fez falta submeter a votação as do Bloco de Esquerda, o PCP e Os Verdes. Neste senso, de acordo com o artigo 195 da Constituição portuguesa que estabelece a demissão do executivo, corresponde ao presidente da República determinar que irá acontecer agora. As hipóteses são duas, indigitar primeiro ministro António Costas (PS) -quem possui o apoio da maioria da Câmara- ou nomear um governo de gestão até se convocarem as eleições legislativas. 

Às portas da Assembleia da República decorreram, durante o desenvolvimento da sessão, duas manifestações, uma em defesa do governo Passos Coelho e outra convocada pela central sindical maioritária do país, a CGTP-IN, próxima ao PCP, visando "consumar a derrota" do executivo de Passos Coelho e da direita. "Já caiu", berravam face o palácio de São Bento. 

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