Assassinada a tiros a política e ativista brasileira Marielle Franco

Vereadora [concelheira] em Rio de Janeiro pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), nas últimas semana denunciara o incremento da violência policial nas favelas

marielle franco
photo_camera Marielle Franco, fotografada no ato em que participou poucas horas antes de ser assassinada [Foto: Vermello.org]

A política e activista pelos direitos humanos Marielle Franco foi assassinada quando voltava dum acto pela luta afro-feminista em Rio de Janeiro. Franco fora a quinta candidata mais votada nas eleições locais do 2016, escolha marcada pelos vinte assassinatos de integrantes das distintas candidaturas, crimes pretensamente relacionados com as forças paramilitares do Brasil.

Nos últimos tempos, a concelheira socialista denunciara o aumento da violência policial nas favelas e opunha-se à intervenção militar na área de segurança de Rio, decretada pelo presidente Temer para tratar de conter a escalada de violência desencadeada por volta dos Jogos Olímpicos de 2016.

Recentemente nomeada relatora da Comisão da Câmara de Vereadores de Rio, Marielle Franco vigilava de perto a atuação das tropas paramilitares na zona cercada. O passado 10 de março, após uma atuação policial na favela de Acarí, a ativista escrevia em Twitter: “O 41 Batalhão da Polícia Militar é conhecido como Batalhão da morte. Basta de desmoralizar a população e de matar os nossos moços”.

Não é a primeira vez que o comportamento violento da polícia brasileira aparece nos meios internacionais. Segundo Amnistia Internacional, a taxa de homicídios no Brasil a mãos das forças policiais do país é especialmente alta e atinge principalmente moças de pele negra.
 

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