XXI congresso

Alternativa de esquerda “só é possivel com o PCP”

O secretário-geral do PCP encerrou o XXI congresso com a afirmação de que não há alternativa política sem os comunistas e reclamar para o partido "os avanços" positivos no Orçamento do Estado de 2021, que ajudou a viabilizar.

PCP Congresso Foto PCP
photo_camera Congresso do PCP (Foto: PCP)

A alternativa política, de esquerda, precisa da “convergência de democratas e patriotas, da luta dos trabalhadores e do povo” e do “reforço do partido“, afirmou Jerónimo de Sousa no discurso com que encerrou o XXI Congresso do PCP (Partido Comunista Português), em Lisboa.

Aos 73 anos de Sousa e líder do PCP há 16 – o secretário-geral com maior longevidade a seguir ao histórico Álvaro Cunhal, o ainda deputado e antigo operário metalúrgico revelou-se “com energia, com força [para a luta]”. “Eu força terei, se não tiver é que não posso…”, brincou ainda.

“Alternativa política não é possível só com o PCP, mas também não será possível sem o PCP”

No discurso de encerramento, de pouco mais de 15 minutos, de Sousa reclamou ainda “os avanços” que disse terem sido conseguidos pelo partido e que levaram a bancada comunista a abster-se e a viabilizar o Orçamento. E sem nunca o citar, criticou o Bloco de Esquerda por ter ficado de fora do entendimento para viabilizar o Orçamento do Estado.

É certo que, admitiu, foi um “caminho de ficou curto porque o PS não se liberta das suas escolhas e opções”, que o PCP associa às “políticas de direita”. “Mas enquanto alguns desistiam, se há avanços, medidas consagradas dirigidas aos trabalhadores, aos reformados, às pequenas empresas, à cultura, ao Serviço nacional de Saúde e aos seus profissionais, todas têm a marca, a contribuição, a proposta do PCP”, afirmou.

“Não estamos aqui a prazo datado, nem em período experimental, mas sim disponíveis para fazer o que temos de fazer, o que o congresso decidiu”, disse, na única referência a questões internas do partido e do congresso. O mandato dos órgãos eleitos neste congresso, o XXI, é de quatro anos, até 2024. O secretário-geral é, pelos estatutos, eleito pelo comité central do partido.

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