A classe trabalhadora portuguesa pagará em impostos um mês de salário

Milhares de portugueses saíram às ruas para 'votar' contra o Orçamento de Estado para 2013. O governo de coalizão aprovou sozinho umhas contas públicas que os principais partidos da oposição consideram inconstitucionais.
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Esta terça-feira, sindicatos e movimentos sociais concentránose perante a Assembleia da República para mostrar a sua rejeição às políticas anti-sociais defendidas pelo governo de Passos Coelho (PSD) e Paulo Portas (CDS). Milhares de pessoas secundaron a mobilização "contra a recessão, a exploração e o empobrecimento" do país. Neste sentido, exigiram o governo luso que mude a sua política económica e, sobretudo, que nom aprove os orçamentos de Estado para 2013. Porém, finalmente e com os votos a favor apenas das duas forças políticas em coligação, os pressupostos para o próximo exercício económico ficaram aprovados.

"Este Orçamento do Estado põe o país, os trabalhadores a saque, em nome dos bancos e do capital financeiro"

"Este Orçamento do Estado põe o país, os trabalhadores a saque, em nome dos bancos e do capital financeiro, sem qualquer um futuro de desenvolvimento, progresso e justiça Social", afirmou durante a manifestação, um deputado do PCP. Segundo o projeto apresentado pelo executivo português, a classe trabalhadora do país assumirá a partir de 2013 cerca de impostos equivalentes ao salário de um mês.

A inconstitucionalidade do Orçamento

A CGTP-IN já apresentou na semana passada oito pontos em que denunciam a inconstitucionalidade dos orçamentos aprovados esta terça-feira. Aliás, solicitaram há três semanas uma reunião com o presidente luso, Passos Coelho, que esperam ser respondida pelo presidente. "Portugal não pode continuar subjugado a um Governo que assenta a sua opção de classes num programa de agressão aos trabalhadores e ao povo português, para satisfaz os interêsses econômicos e financeiros dos grandes grupos capitalistas", afirmaram desde a central sindical. No entanto, anunciaram que intensificaria "a mobilização e a luta dos trabalhadores contra a promulgação ou aplicação das medidas gravosas contidas nos orçamentos", com o objectivo de "dinamizar a acção ea luta para pôr fim a este Governo ea esta política" .

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