“Está a ser uma das maiores Greves Gerais da democracia portuguesa”

Esta é a quarta vez, desde o 25 de Abril, que a CGTP e a UGT se juntam em greve geral. É ainda a segunda que o actual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, enfrenta. O secretário-geral da CGTP Arménio Carlos classifica o seguimento do protesto de "excepcional"

Greve Geral CGTP-IN

As centrais que convocaram esta paralisação, CGTP e UGT, destacam que o sector privado regista uma "forte adesão" á greve, com o sector dos transportes a ser aquele em que os efeitos do paro mais se fazem sentir. Na saúde, segundo os sindicatos, muitas unidades asseguram apenas os serviços mínimos.

Face aos primeiros números de adesão à greve geral desta quinta-feira, o líder da CGTP Arménio Carlos classifica-a como "excepcional". Verificou-se uma "fortíssima expressão do sector público, privado e sector empresarial do Estado", disse em conferência de imprensa ao início da tarde, em Lisboa, para um primeiro balanço da adesão.

Arménio Carlos falou de "grande adesão da função pública" nomeadamente ao nível da administração local, justiça e transportes. Verificou-se uma "adesão muito significativa do sector privado", ficando os números entre 70 e 100% de adesão num conjunto vasto de empresas, nesta que o secretário-geral classifica como uma "primeira amostragem".

“Governo enfraquecido”

Para Arménio Carlos o "Governo ficou mais enfraquecido e perdeu margem de manobra para as suas políticas" e quanto ao Presidente da República, o sindicalista pede-lhe que "pense sobre o que se passou hoje em Portugal e a resposta a dar aos trabalhadores. É o que deverá fazer".

Desde Partido Comunista (PCP) falam de "uma poderosa jornada de luta" do povo portugués.E o Bloco de Esquerda considera que “estamos perante uma das maiores greves gerais da democracia portuguesa” e salienta: “Esta greve geral deixa o governo ainda mais fraco e isolado e aponta lhe o caminho da demissão”.

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