As emendas do PP à ILP eludem fixar prazos para a inclusão do português no ensino

O texto alternativo á ILP Paz-Andrade que propõem e podem aprovar @s populares simplesmente afirma que “promoverá” a introdução do português nas aulas, na vez de o  “incorporar em quatro anos” como se assinala na iniciativa original e aceitam o resto de grupos. Também lhe resta reconhecimento para aceder à função pública.

Comissão Promotora da ILP Paz Andrade
photo_camera Comissão Promotora da ILP Paz Andrade

A Iniciativa Legislativa Popular (ILP) 'Valentín Paz Andrade' “para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos coa Lusofonia” que debaterá o Parlamento de Galiza será modificada de jeito importante pelo PP, que apresentou uma emenda a meio da qual se nega a comprometer-se coa introdução do português no ensino, que simsplemente “promoverá”, sempre “como língua estrangeira”.

Segundo se pôde conhecer por parte dos impulsores da iniciativa, os câmbios no texto original que propõem os distintos grupos da Câmara -só o BNG aceitou-o tal e como estava- são significativos por parte do PP, que tem a maioria no Hórreo. Assim, onde se lia “o Governo galego incorporará progressivamente, no prazo de quatro anos, o aprendizado da língua portuguesa em todos os níveis de ensino regrado. O domínio do português terá especial reconhecimento para o aceso à função publica e concursos de méritos”, o PP propõe um simples “o Governo galego promoverá a incorporação do português como língua estrangeira nos centros de ensinança da Comunidade Autónoma de Galicia”, de modo a não ter peso para aceder à função pública e, sobre todo, não adotar qualquer compromisso sério para o português chegar às aulas galegas, algo que sim aceita toda a oposição, no caso do PSOE especificando em uma emenda que essa introdução “em nenhum caso suporá uma redução das horas docentes do galego como língua oficial”.

O BNG, o único grupo que assumiu a ILP tal e como foi concebida pela Comissão promotora

Sobre a receção em Galiza das televisões e rádios portuguesas, as emendas do PP trocam a adoção por parte da Junta “de quantas medidas forem necessárias” para esse objetivo por uma petição ao Governo central para promover que assim seja uma vez analisados os custos. Nesse sentido, AGE propõe que “a língua galega seja divulgada nos países do espaço da Lusofonia através de meios de comunicação social próprios ou estabelecendo convénios”.
 
O PP também emenda que se outorgue ao português status como “modelo internacional da nossa língua” e limita-se a dizer que o galego é “inter-compreensível (bilinguismo inerente)” com uma “língua que nos é muito próxima”.

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