Morreu o músico angolano Waldemar Bastos

Tinha 66 anos e conhecia bem a Galiza, onde estivo no Cantos na Maré.
Waldemar-Bastos
photo_camera Waldemar Bastos

O músico angolano Waldemar Bastos, um dos mais respeitados artistas lusófonos da world music e dos primeiros artistas de Angola a alcançar a internacionalização, morreu esta segunda-feira de madrugada em Lisboa, aos 66 anos, disse à agência Lusa o Ministério da Cultura de Angola. Radicado em Portugal, estava em tratamentos oncológicos desde há um ano.

Com um percurso profissional de mais de quatro décadas, Waldemar Bastos apresentava uma sonoridade que o próprio definia como afro-luso-atlântica, marcada por composições de cariz autobiográfico e influências da cultura africana e portuguesa. Rainha Ginga, Velha Chica e Muxima são alguns dos temas que o tornaram conhecido. “Não me meti na música com ânsia de fazer discos”, afirmou numa entrevista o jornal Público, em 2016.

Trabalhou com nomes como Chico Buarque, Dulce Pontes, David Byrne, Arto Lindsay e Ryuichi Sakamoto, entre outros, com a Orquestra Gulbenkian, a London Symphony Orchestra e a Brazilian Symphony Orchestra. Na Galiza, fez parte de Cantos da Maré, onde estabeleceu contacto com músicos galegos. Algum deles, como Uxía, ja expressarom o seu pesar pelo falecemento. 

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