Brasil despede o seu gênio Oscar Niemeyer, o desenhador de Brasília

Com 104 anos vem de morrer na quarta-feira o arquiteto Oscar Niemeyer, já uma das grandes figuras da história do Brasil e autor, entre outras grandes obras, do desenho da cidade de Brasília. Niemeyer está reconhecido como um dos maiores nomes da história da arquitetura mundial.
Oscar Niemeyer
photo_camera Oscar Niemeyer

Na cidade do Rio morreu nesta quarta-feira o arquiteto Oscar Niemeyer, reconhecido como um dos grandes nomes da arquitetura moderna, autor, além do projeto de Brasília, doutras grandes obras como o conjunto Arquitetônico de Pampulha, em Belo Horizonte, o Parque do Ibirapuera em Sâo Paulo ou o Palácio do Museu de Arte de Niterói, passando pela participação na equipa que desenhou o edifício das Nações Unidas. O seu passamento está a comocionar o Brasil inteiro e são muitas as manifestações de perda desde a sua presidenta Dilma Rousseff até algumas das suas mais destacadas figuras como o cantor Chico Buarque. Rousseff chora a morte do "gênio" do Brasil numa nota que começa da seguinte maneira: "“A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem”, dizia Oscar Niemeyer, o grande brasileiro que perdemos hoje. E poucos sonharam tão intensamente e fizeram tantas coisas acontecer como ele.A sua história não cabe nas pranchetas. Niemeyer foi um revolucionário, o mentor de uma nova arquitetura, bonita, lógica e, como ele mesmo definia, inventiva."

Tinha nascido Oscar Niemeyer em 15 de dezembro de 1907 na Zona Sul do Rio de Janeiro. Formado em arquitetura pela Escola Nacional de Belas Artes começa a destacar em pouco tempo pola sua mestria no desenho arquitetônico. Militante no Partido Comunista Brasileiro em 1945, mantivo durante toda a sua vida ideais de esquerda e de justiça social. A ditadura militar obrigou-o a se exilar na França até 1974, ano em que retorna ao Brasil para abrir o seu escritório em Copacabana. Do tempo do exilío nascem grandes obras como o Centro Cultural Le Havre de París, a sede do Partido Comunista Francês ou outras em Itália, Portugal ou Líbano.

O Prêmio Pritzker chegaria em 1988, para outurgar-lhe o maior galardão da arquitetura mundial. O seu nome foi crescendo ao longo da sua dilatada vida, convertendo-se num dos mais grandes e reconhecidos da história do Brasil.

O Centro Cultural Niemeyer, em Avilés, foi uma das suas obras recentes, rodeado da polémica ao ter que fechar com só seis meses aberto pelas irregularidades na gestão, o que provocaria o posicionamento do próprio Niemeyer.

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