«Até Amanhã, Camaradas», um filme com estreia no Parlamento

Um filme apresentado na Assembleia da República? Se gira arredor da grande figura política que foi Álvaro Cunhal, pode ser. O filme de Joaquim Leitão baseado no romance de Álvaro Cunhal teve a sua antestreia no Parlamento de Portugal, arredor do centenário do nascimento do líder do PCP. 

Fotograma
photo_camera Fotograma

No salão nobre da Assembleia da República e coa presença de destacados líderes da esquerda portuguesa como os deputados João Oliveira, António Filipe ou o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos. 

O filme parte do romance de Manuel Tiago, o pseudónimo literário que o verdadeiro autor só desvendou em 1994 e que já dera numa série televisiva em 2005. O livro recolhe a vida do PCP nos anos 1950 e 1960 visitando os tempos de clandestinidade, resistência ao fascismo e lutas. Álvaro Cunhal trazia Até amanhã, camaradas no bolso quando fugiu em 1960 da prisão de Peniche. A história resulta uma homenagem aqueles que fizeram de Portugal um país livre após a ditadura e conta a história de quatro militantes do PCP que reorganizaram a luta política. 

«No fundo a mensagem é vale a pena lutar pelo que se acredita», afirmou o diretor Joaquim Leitão na estreia do filme no Parlamento, antes de se passar às salas comerciais. 

Mais de 130 atores e milhares de figurantes dão vida às personagens criadas per Manuel Tiago num filme com três horas de duração. 

No Parlamento, o deputado António Filipe reconheceu que se hoje chamam “à Assembleia da República a Casa da Democracia, devemo-lo às pessoas que deram a sua vida por ela”. De filme e história da “humanidade profunda na austeridade de quem entrega a sua vida à causa da libertação de um povo” definiu o escritor e jornalista Urbano Tavares Rodrigues. 

 

Comentarios